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CBD: quais os benefícios para minha saúde e mais...

Abaixo vamos te deixar o mais informado possível a respeito do Canabidiol, tão conhecido com CBD. Com este conteúdo você saberá os benefícios, como importar e quais as melhores recomendações.

CBD - Dr Lair Ribeiro - Beneficios Canabidiol

Afinal, o que é o Canabidiol?

Também conhecido como CBD, o Canabidiol é uma substância extraída da Cannabis sativa, a mesma planta que dá origem à maconha. Daí o preconceito que pode surgir por parte das pessoas, que geralmente se confundem e acabam por
espalhar informações erradas em seus círculos sociais.

A maior confusão ocorre entre o CBD, o cânhamo e a maconha. Portanto, explicaremos agora a diferença entre eles.

Maconha x CBD x cânhamo: qual a diferença?

Apesar de serem plantas da mesma espécie (Cannabis sativa), tratam-se de substâncias diferentes em sua forma genética, assim como costumam ser usadas para objetivos distintos.

O cânhamo, também chamado de hemp, é uma planta cannabis cultivada para fornecer o seu caule, sementes e fibras.

O caule e as fibras são utilizados para produzir tecido, papel e outros compostos. Já as sementes são usadas na produção de suplementos nutricionais, alimentos, cosméticos e o mais importante: medicamentos.

Esta planta, que pode chegar a ter 4 metros de altura, possui alto teor de CBD e pouquíssimo THC (tetrahidrocanabinol ou tetraidrocanabidol, o ativo que gera efeitos psicoativos).

Para se ter uma ideia, o nível de THC encontrado no cânhamo é cerca de trinta e três vezes menor que o da maconha mais fraca. Sendo assim, é possível dizer que é praticamente impossível um indivíduo ter alterações de percepção, humor e comportamento ao utilizar o cânhamo.

A maconha, por sua vez, é cultivada na maior parte dos casos para agir como um psicotrópico, causando alterações sensoriais diversas, sendo a mais famosa a sensação de estar “alto”. O seu caule e fibras não são usados; neste caso, as flores é que são aproveitadas, pois elas têm taxas extremamente elevadas de THC.

Geralmente, quando a maconha é cultivada, as pessoas a colocam em um espaço fechado para que possam controlar as condições de temperatura, luz e umidade, com o objetivo de elevar ainda mais os níveis do tetrahidrocanabinol.

Portanto o CBD e o THC são princípios ativos que podem estar presentes em produtos à base de plantas de cannabis.

A quantidade é definida por quem manipula tais produtos e é muito comum que se consuma o extrato da planta, ou seja, uma preparação que envolve o ato de concentrar mais ou menos princípios ativos de acordo com o objetivo que se queira atingir.

Hoje é possível encontrar não apenas óleos, mas também comprimidos, gomas de mascar, gotas, e muitas outras formas de consumir produtos à base de CBD, mas o óleo continua a ser uma das formas mais usadas para administrar a substância no organismo humano.

De qualquer modo, sabemos que o THC é o grande responsável pelos efeitos psicotrópicos da maconha, ao passo que o CBD vem conseguindo ganhar cada vez mais o respeito da comunidade científica pelo seu potencial medicinal.

Uma prova disso é o fato de a Anvisa ter retirado o CBD da lista de substâncias ilegais, passando a ser considerado uma substância controlada.

É cada vez maior o número de brasileiros autorizados a importá-lo e já existem aqueles que ingressaram com ações na Justiça para que SUS se responsabilize pelos custos deste tipo de medicação.

O que é o óleo CBD? Ele é uma substância psicoativa?

O óleo de CBD é um tipo de óleo botânico feito a partir do caule e da semente das plantas de cannabis, como o cânhamo, as quais são ricas em CBD e pobres em THC.

Ou seja, maiores propriedades medicinais e quase nenhuma propriedade nociva. O seu processo de fabricação inclui outras substâncias muito benéficas e nutritivas, como ômega-3, aminoácidos, minerais e vitaminas.

Se você acha que o óleo de cânhamo encontrado no supermercado é igual ao óleo de cânhamo CBD, está enganado. É verdade que o primeiro tipo pode ser saudável, mas contém taxas muito baixas de CBD. O mesmo se aplica a outros produtos fabricados a partir da semente de cânhamo.

Como existe uma demanda elevada pelo óleo CBD de cânhamo atualmente, o mercado enxergou nisso a possibilidade de desenvolver produtos ricos em CBD, os quais estão disponíveis em diversas apresentações.

Existem até aqueles que não possuem quaisquer vestígios de THC em sua composição (por menores que eles já fossem naturalmente). Eles são chamados de produtos “zero THC”.

Com relação à famigerada dúvida sobre o óleo de CBD possuir efeitos psicotrópicos, é certo dizer que não. Como já explicamos, os níveis de THC no óleo são muito baixos para afetar a percepção, a consciência ou o comportamento de qualquer ser humano.

As pessoas que utilizam o óleo e outros produtos CBD afirmam ter sentido uma sensação de relaxamento depois da sua ingestão. Mais adiante, falaremos mais sobre os efeitos da substância, mas podemos adiantar que os seus benefícios já foram e continuam sendo estudados.

No geral, os produtos à base de Canabidiol têm o consumo muito seguro e são bem tolerados pelo organismo. Os seus efeitos colaterais costumam ser mínimos ou inexistentes.

Quais são os benefícios do CBD para a saúde?

É bom deixar claro que as substâncias que possuem níveis altos de THC também contém propriedades medicinais e são usadas para certos tratamentos.

De qualquer forma, os produtos com CBD são os únicos cannabis que podem ser comprados e importados para o Brasil (mediante documentação específica e um processo detalhado) graças ao seu poder medicinal.

Além disso, eles não apenas fazem a diferença para estes pacientes, como também para pessoas saudáveis que desejam consumi-los em seu dia a dia, já que o Canabidiol é um dos elementos para a fabricação de suplementos muito benéficos para a saúde.

Inclusive, é bom apontar que o extrato de óleo CBD possui níveis muito mais altos do ativo do que o fumo das flores. Portanto, prefira sempre o produto em óleo.

Falando nele, listaremos a seguir os principais benefícios encontrados em sua composição, os quais estão sendo cada vez mais estudados e comprovados. Dê uma olhada a seguir:

1- Atua contra convulsões
O óleo Canabidiol é muito utilizado por pessoas que sofrem com convulsões. Diversas delas começam a usar o produto após não terem sucesso com os tratamentos convencionais.

Um estudo publicado no periódico americano, Journal of Pharmacology mostra que o CBD foi administrado em indivíduos que sofriam com convulsões e estavam consumindo medicamentos antiepilépticos que não ofereciam os resultados desejados.

Nessa pesquisa, 4 de 8 participantes continuaram tendo as convulsões após adicionarem o óleo de CBD na dieta, enquanto 3 observaram uma melhora em sua condição clínica. Os responsáveis chegaram à conclusão de que o CBD tem um potencial para ser utilizado em tratamentos antiepilépticos.

Isso sem contar que, em 2014, a justiça brasileira concedeu a uma mãe o direito de importar o CBD a fim de seguir com o tratamento de sua filha, uma criança que sofria de uma síndrome conhecida como CDKL5.

Esse problema causa graves crises de epilepsia. No caso da menina em questão, eram mais de 80 por semana. Com o auxílio do Canabidiol, a menina praticamente não tem mais crises.

2- Potencial ajuda contra o câncer de mama
Qualquer tipo de tratamento ou possível ajuda contra o câncer precisa ser levado extremamente a sério, por isso é bom dizer que as pesquisas relacionadas ao potencial do CBD no auxílio a esta doença estão em suas fases iniciais. Mesmo assim, elas já mostram um futuro bem esperançoso.

Um órgão do governo dos Estados Unidos, o Instituto Nacional do Câncer (National Cancer Institute), possui um website sobre câncer. Nela, são discutidas as possibilidades de a cannabis medicinal ajudar no tratamento da doença. Foram realizados alguns estudos que mostram que a substância pode proteger certos animais de alguns tumores.

No próprio website, afirma-se que os canabioides podem gerar efeitos antitumorais de diversas formas, inclusive por meio da inibição do crescimento das células cancerígenas, da metástase e da inibição do aparecimento de tumor angiogênico.

Em um outro artigo publicado pelo jornal American Association for Cancer Research – Molecular Cancer Therapeutics, foi observado que o CBD matou células do câncer de mama em um experimento de laboratório. Apesar das boas notícias, é bom lembrar que esse estudo foi realizado in vitro, ou seja, as células utilizadas não estavam mais em um organismo vivo.

Os responsáveis pela pesquisa disseram que estão buscando novas formas de tratar o câncer de mama a partir de produtos naturais que contenham propriedades anticancerígenas.

O CBD, no caso, consegue induzir a citotoxicidade nas células humanas in vitro que possuem a doença, assim como também inibir a metástase desse tipo de câncer.

Os resultados apontaram que o Canabidiol foi capaz de refrear a sobrevivência de dois tipos de células do câncer de mama: o estrogênio receptor-negativo e o estrogênio receptor-positivo. Ele fez isso ao estimular a apoptose, que é um processo no qual a célula fica “programada” para morrer.

3- Auxilia na ansiedade
O CBD está se mostrando promissor para inibir a ansiedade. Em uma pesquisa publicada na Us National Library of Medicine, section Neuropsychopharmacology, o Canabidiol se mostrou eficaz em pessoas que têm fobia para falar em público.

O estudo separou dois grupos: um que consumiu placebo e outro que ingeriu o CBD uma hora antes da apresentação simulada. No grupo que foi oferecido o placebo, não houve quaisquer alterações, ou seja, as pessoas continuaram ansiosas. Mas no grupo pré-tratados com CBD, houve uma redução significativa na ansiedade, problemas cognitivos e desconforto na fala, causados pela ansiedade.

4- Colabora para a saúde da pele
O CBD, assim como outros produtos canabinoides, são anti-inflamatórios. Isso faz com que eles tenham um grande potencial para tratar de problemas relacionados a inflamações e infecções na pele, em especial a psoríase.

Um estudo publicado no periódico Journal of Dermatological Science mostrou que o CBD pode inibir a proliferação das células que causam a psoríase e assim reduzir os efeitos desse problema na pele.

5- Possui propriedades antioxidantes
O CBD contém propriedades antioxidantes, o que significa que ele pode lutar contra moléculas que prejudicam as células do organismo e causam diversas doenças.

Um estudo publicado pela famosa Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America mostrou que a substância é capaz de proteger diversos neurônios (células do sistema nervoso responsáveis pelos impulsos nervosos).

6- Reduz os efeitos do THC
Como já explicamos, o THC é o princípio ativo que gera os efeitos psicotrópicos presentes em algumas plantas de cannabis, como a maconha.

Uma pesquisa publicada no periódico Frontiers in Psychiatry afirmou que alguns dos estudos realizados para saber mais do efeito do Canabidiol sobre as consequências negativas do THC mostrou que o CBD pode neutralizá-los, contudo, os resultados ainda precisam de mais comprovações.

Alguns dos efeitos negativos gerados pelo THC incluem paranoia e ansiedade, que podem variar de intensidade dependendo das circunstâncias que envolvem o uso da substância. Dessa forma, o CBD conseguiria reduzir tais efeitos e proporcionar bem-estar ao seu usuário.

7- Relaxa a mente
O CBD é citado pelos seus usuários como um ótimo método contra o estresse. Como já foi mostrado antes, ele realmente pode reduzir os efeitos da ansiedade e ajudar a pessoa a ficar mais calma.

Inclusive, um outro estudo feito com animais, mostrou que o Canabidiol é capaz de reduzir as reações de medo, além de diminuir as fobias relacionadas aos voos.

Quais são os efeitos colaterais do CBD?

Diferentemente do THC, que possui uma lista de possíveis efeitos colaterais, como náuseas, olhos vermelhos, taquicardia, paranoia, constipação, etc, o CBD é considerado muito seguro e bem tolerado pelo corpo humano, raramente causando algum efeito negativo.

Mesmo assim, é bom mencionar que é possível haver efeitos menores, como sonolência, tontura e boca seca. Geralmente, eles ocorrem se a pessoa exagerou na dose do CBD ou se está inclusa no grupo daqueles cujo uso é contraindicado.

 

Quais são as contraindicações?

No geral, não existem estudos que comprovam alguma contraindicação farmacêutica com relação ao Canabidiol. No entanto, é preciso registrar a existência de algumas contraindicações genéricas que valem para praticamente todos os tipos de medicamentos:

● Mulheres grávidas ou em fase de amamentação;
● Menores de 18 anos ou idosos;
● Pessoas com alergias;
● Indivíduos fazendo uso de algum medicamento controlado;
● Pacientes com alguma doença crônica.

Em todos os casos, mesmo se você não pertencer a algum dos grupos acima, é necessário consultar um médico antes iniciar o consumo.

 

Como tomar o CBD?

O CBD pode ser consumido de algumas maneiras diferentes devido à grande variedade de produtos no mercado. Confira a seguir:

– Óleo de CBD: o já bem comentado óleo de CBD geralmente é consumido através de aplicação sublingual, que é uma forma rápida de fazer com que a substância seja absorvida na corrente sanguínea. No entanto, alguns preferem ingerir cápsulas do óleo CBD, o que evita que a pessoa sinta o seu gosto, além de ser mais prático.

– CBD comestível: existem alguns tipos de CBD que são comestíveis e podem agradar mais quem deseja saborear o gosto da planta. Contudo, os seus efeitos podem demorar bem mais para aparecerem, pois o produto precisará ser metabolizado para que seus nutrientes entrem na corrente sanguínea.

– CBD tópicos: é possível encontrar alguns tipos de loções, cremes e pomadas de CBD que são próprios para tratar problemas relacionados à pele.

Com relação à dosagem, é preciso dizer que não existe uma prescrição geral. Isso porque cada um possui necessidades e condições diferentes. Alguns podem sentir alívio com 3 mg duas vezes ao dia, enquanto outros poderão precisar de uma dosagem muito maior.

O mais indicado é que as pessoas aumentem aos poucos a dosagem para que o corpo vá se acostumando. De qualquer forma, existem algumas sugestões de uso para aqueles que possuem objetivos específicos. Veja a seguir:

● Estimular o sono: 40 a 160 mg.
● Aliviar dores crônicas: 2,5 a 20 mg durante 25 dias.
● Auxiliar nas convulsões: 200 a 300 mg até no máximo 5 meses.
● Ajudar no glaucoma: 20 a 40 mg (acima disso pode prejudicar mais a visão).
● Reduzir sintomas de esclerose múltipla: 1,5 a 120 mg até no máximo 15 semanas.
● Melhorar problemas motores: 10 mg a cada kg até 6 semanas

Vale lembrar que essas são apenas sugestões baseadas no consumo de outros usuários. O recomendado é que você nunca se automedique e procure um profissional de saúde que possa lhe passar todas as orientações necessárias para o início do consumo do CBD.

 

Fonte: Vitaminasexpress

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